Desapropriação de área do Aeroporto Regional é uma vitória da persistência
Depois do ato das 19h desta quinta-feira, na Prefeitura de Cascavel, no qual a governadora Cida Borghetti assinará o decreto de desapropriação da área destinada ao Aeroporto Regional do Oeste, alguns políticos useiros e vezeiros em tentar levar vantagem em tudo certamente tomarão para si a paternidade deste primeiro passo concreto rumo a essa conquista.
O que eles não sabem, ou não fazem questão de saber, é que esta bandeira foi levantada há quase meio século, quando Cascavel tinha um dos maiores movimentos aeroportuários do Estado na pista de terra localizada onde já há 31 anos está instalada a rodoviária da cidade.
Visionários da época já iniciavam uma mobilização, ainda que discreta, para que o Município contasse com um aeroporto à altura de seu futuro promissor. Nem o início das obras do atual e já obsoleto aeroporto, em 1976, calou figuras como o jornalista Emir Sfair e o líder empresarial Hylo Bresolin, ambos de saudosa memória e com extensa folha de serviços prestada a Cascavel e região.
Ao lado da Unioeste e da Ferroeste, o Aeroporto Regional se tornou uma das principais bandeiras de O Paraná, jornal de inegável credibilidade à época, em uma iniciativa que contou com o apoio de outras figuras exponenciais, além de entidades como Acic, Acit, Caciopar e Amop.
Muito se falou sobre o assunto nos últimos tempos, mas um dos poucos passos concretos ocorreu bem recentemente, quando os prefeitos Leonaldo Paranhos (Cascavel), Lucio de Marchi (Toledo) e Ito Caeiro (Tupãssi) firmaram o compromisso de tornar de utilidade pública a área, que faz parte dos três municípios.
A ÁREA
A área a ser desapropriada tem 64 alqueires e está localizada bem pertp de Tupãssi e a cerca de 20 km tanto de Cascavel quanto de Toledo. Segundo estudos técnicos já desenvolvidos, é suficiente para construção de um aeroporto com 2.500 metros de pista e dotado de toda infraestrutura necessária para atender as necessidades de perto de um milhão de habitantes das microrregiões de Cascavel, Toledo, Palotina, Marechal Cândido Rondo e Guaíra, que ficam a mais de 100 quilômetros de distância do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
"Estamos dando o primeiro passo na construção do aeroporto que vai estimular novos negócios e oportunidades e dar conforto aos moradores do Oeste. A boa infraestrutura é essencial para desenvolver e assegurar o uso de todo o potencial da região", adianta Cida Borghetti, ressaltando que o dinheiro para compra da área será alocado em uma conta específica, criada especialmente para o processo de desapropriação.