Perdas com a soja e o milho são contabilizadas em bilhões
O início das colheitas de soja e milho nos municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná situados na área de abrangência da Coopavel mostra que a quebra nas duas culturas ficará entre 50% e 55%. “São bilhões de reais que deixarão de circular e de irrigar a nossa economia”, lamenta o presidente da cooperativa Dilvo Grolli.
Os índices de chuva abaixo da média histórica nos meses de novembro e dezembro foram os principais responsáveis pelos registros de perdas que já se confirmam. A expectativa era colher em média 65 sacas por hectare de soja e 180 sacas por hectare de milho. No entanto, os primeiros resultados na soja apontam de 15 a 30 sacas por hectare na soja e apenas 85 sacas por hectare no milho.
Com as perdas já estimadas, o prejuízo aos produtores rurais na cultura da soja chegará a R$ 2,4 bilhões só na área de abrangência da Coopavel. E na do milho deverá superar os R$ 175 milhões. “Esses valores consideram apenas a comercialização, sem calcular a qualidade do grão e os impactos em toda a cadeia produtiva”, informa o gerente de Filiais Oeste, Altair Garcia. Os valores obtidos pelos produtores rurais, devido à quebra de até 55%, cobrirão somente os custos.
A expectativa agora é que as chuvas retornem à região e ao Estado para que a segunda safra de milho seja boa e faça com que o Paraná colha o suficiente para suprir as suas necessidades e para que possa atender as atividades pecuárias das cadeias das proteínas de frango e suínos, afirma Dilvo Grolli. “As chuvas também são fundamentais para estabilizar as perdas das lavouras que estão no campo em fase de enchimento de grãos”, pontua o presidente da Coopavel. (Foto: Divulgação)