PR desenvolve aplicativo para identificar animais pelo focinho
Um projeto conjunto desenvolvido pelo IDR-Paraná e pela UFPR estuda um método para fazer a identificação de bovinos a partir da captura de imagens e leitura biométrica do espelho nasal (focinho). Essa pesquisa se assemelha à em desenvolvimento pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e a técnica, uma vez aprovada,irá substituir brincos, tatuagens e marcações hoje utilizadas na identificação dos bovinos.
“Os sistemas de identificação em uso, como brincos e marcação a ferro quente, são ineficientes e até prejudiciais aos animais”, afirma o veterinário João Ari Gualberto Hill, que coordena o estudo. A estimativa é que no final de 2022 o aplicativo entre em fase de testes para uso comercial.
Segundo Hill, um sistema confiável de identificação é importante também para dar mais eficiência à rotina das propriedades - monitoramento de alimentação, ordenha, vacinação e aplicação de medicamentos -, atender à crescente demanda de rastreamento em toda a cadeia produtiva e, ainda, auxiliar o trabalho das agências governamentais de defesa sanitária.
A metodologia envolve a construção de um banco para processamento das imagens por redes neuronais e algoritmos para buscar determinados padrões biométricos dos animais. Ps pesquisadores partiram de uma rede neuronal originalmente desenvolvida para reconhecimento de imagens biomédicas.
O projeto paranaense já conta com mais de 500 imagens, obtidas de animais das unidades de pesquisa do próprio IDR-Paraná em Pato Branco, Ponta Grossa e Curitiba, bem como cedidas por um grupo pesquisador de São Paulo.
Elejá chegou ao protótipo de um aplicativo para o sistema operacional Android, em fase de testes e ajustes. Nas próximas fases, ele focará na ampliação da base de dados para melhorar o desempenho das redes."Poderemos então validar a efetividade e robusteza dos algoritmos desenvolvidos”, destaca o professor David Menotti, da UFPR. (Foto: IDR-Paraná)