Suinocultura também está fechando 2021 no prejuízo
A exemplo do que ocorre com a avicultura, a sunocultura também está fechando o ano amargando perdas. Mesmo majorado, o valor recebido pelo suinocultor não é suficiente para cobrir os custos de produção, conforme números apresentados no levantamento de custo de produção do Sistema Faeo/Senar-PR.
Apesar da variação positiva em algumas modalidades de produção em comparação a maio, os gastos para sustentar a atividade continuam elevados e o saldo não saiu do vermelho. Na produção integrada, os maiores aumentos se deram em energia elétrica, combustíveis, EPIs e manutenção. Já na independente, houve redução dos gastos com alimentação, em função de uma leve queda nos preços da soja e do milho.
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“O boom nos preços apareceu de forma mais significativa nos primeiros seis meses de 2021. Agora, a alta não foi tão generalizada quanto no semestre anterior, mas os custos continuam onerando o produtor. Com o aumento da depreciação, a viabilidade da atividade a longo prazo preocupa”, afirma Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep/Senar-PR.
Na região Oeste, a modalidade Crechário registrou aumento de 483,3% nos custos com EPIs (o item representa, em média, 3% no gasto total) e de 388,4% com energia elétrica e combustíveis, enquanto as UPTs assinalaram alta de 117,2% e 32,7%, respectivamente. Nas UPDs do Sudoeste, as despesas com energia elétrica e combustíveis foram as maiores responsáveis pelo aumento do custo de produção, com 72,4%. A explicação está no agravamento da crise hídrica.
“A participação da energia elétrica e combustíveis nos custos de produção passou de 10% para 15%, em média, enquanto o desembolso com mão de obra teve uma redução de 60% para 55%. Dessa forma, a queda observada nos gastos com mão de obra acabou sendo anulada, mantendo negativo o saldo sobre custos operacionais e totais”, afirma Luiz Eliezer Ferreira, também do Sistema Faep/Senar-PR. (Foto: Sistema Faep)