Divagações de um articulista
J. J. Duran
Henry Brooks Adams disse, certa feita, que "a prática política consiste em ignorar os fatos".
Voltaire afirmou que "é perigoso estar certo quando o governo está errado".
H. L. Mencken afirmou que "toda eleição é a venda antecipada em leilão de coisas roubadas".
Para Albert Wintein, "o homem leva dentro de si um desejo de ódio e destruição, paixão que existe em estado latente e emerge em circunstâncias anormais".
Já um amigo meu costuma dizer que é preciso "juntar pedaços de verdades para construir uma grande mentira".
Há muitos bons cidadãos desencantados com a política e os políticos. Conheço eleitores que desde o século XX já mudaram várias vezes o seu voto, mas nunca ficaram conformes com a nova escolha.
Existem também aqueles eleitores que, seguindo princípios políticos e ideológicos, nunca mudaram o seu voto.
No Brasil, de acordo com as diferentes pesquisas eleitorais publicadas nos últimos dias, hoje parece existir uma vontade majoritária da mudança do voto entre os eleitores consultados.
Mas também existem os eleitores negacionistas e despreocupados com a política, que votam em qualquer um por entender que "todos são iguais".
Uma boa parte da sociedade está farta de falsas promessas e do aparecimento de "salvadores da Pátria” que, na verdade, se revelaram figuras sem conteúdo, sem verdade e sem a visão necessária para conduzir seu povo rumo a um bom destino.
Mas isso não deve ser motivo para o eleitor desistir de participar do processo democrático. Não se pode simplesmente deixar de votar, pois isso apenas facilitará o domínio dos maus políticos.
Não deixe de votar. Seu voto poderá devolver a esperança de uma sociedade amparada na verdadeira justiça social, um direito de todos e não de apenas algumas classes.
Feliz 2022. (Foto: UFT)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário do Paraná