Você tem permitido que teu filho experimente a frustração?
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
A forma como você lida com essa emoção denominada frustração diz muito sobre você e é um ponto decisivo para você ser menos ou mais feliz.
Começamos a nos frustrar já na infância, quando não somos atendidos no momento que desejamos, quando não ganhamos o presente que queremos, quando o outro não supre nossas expectativas.
A criança que recebe tudo o que quer, na hora que quer e sem o mínimo de esforço, que tem pais, familiares ou cuidadores que sempre pensam “vou proteger para que ele/ela não sofra" e se antecipam para atender essa criança imediatamente, antes que ela tente fazer por ela própria, que faz todas as vontades etc, faz com que essa criança desenvolva uma baixa resistência à frustração.
A criança deve aprender que nem sempre isso é possível, que nem sempre as expectativas dela vão ser atendidas. Isso tem que ser normal para ela, que precisa entender que existem limites, regras e hierarquia. E tudo isso se consegue tendo uma comunicação clara com a criança. A receita é amor, limites e exemplos.
Os pais e demais familiares precisam entender que crianças que não experimentam a frustração têm uma chance muito grande de se tornar adolescentes rebeldes e adultos infantilizados, com problemas de adaptação em diversas áreas.
Um efeito positivo da frustração no desenvolvimento é que ela promove a autonomia e a resiliência, uma vez que se tivermos a oportunidade de experimentar algo e fracassarmos, poderemos aprender com os erros e fazer melhor numa próxima tentativa.
“Não deixe as frustrações dominarem você, dimine-as. Faça dos erros uma oportunidade para crescer. Na vida, erra quem não sabe lidar com os seus fracassos"- Augusto Cury. (Imagem: Dreamstime.com)
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é especialista em Psicologia Familiar Sistêmica e perita Avaliadora de Trânsito - CRP-08/13639 - Contato 45 999128788