Dal Molin e Cabral: TRE não oficializou a cassação
Por unanimidade (6 votos a 0), os desembargadores do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) cassaram a chapa completa lançada pelo PL à Câmara de Cascavel na eleição de 2020, tendo como base o fato de o partido ter, supostamente, fraudado a legislação no preenchimento de cotas de gênero ao lançar uma candidata para completar número mínimo de mulheres que sequer campanha fez.
Este fato é de domínio público, mas nove dias já se passaram e tudo continua como d’antes, ou seja, os vereadores Celso Dal Molin e Aldonir Cabral (foto), atingidos indiretamente pela decisão com a perda de seus mandatos, continuam atuando normalmente.
O procurador jurídico Anderson Carvalho confirmou na tarde desta quinta-feira (9) que a mesa diretiva da Câmara ainda não foi comunicada da decisão do TRE-PR, o que deveria ter ocorrido até cinco dias após o julgamento. O procurador Anderson Carvalho atribuiu esse suposto atraso ao acórdão do próprio tribunal, que previu o cumprimento da decisão só depois do trânsito em julgado, ou seja, da conclusão do processo em todas as instâncias.
Por conta disso, o ex-presidente da OAB Marcos Boschirolli, autor da ação em nome do MDB e do Republicanos, não descarta a hipótese de ingressar com medida no TSE para fazer valer de imediato a cassação. Enquanto isso, os suplentes Josué de Souza e Carlos Xavier continuam na expectativa de serem convocados para assumir em substituição a Dal Molin e Cabral, mas pelo visto o processo irá se arrastar ainda por um bom tempo. (Fotos: Câmara Cascavel)