No dia 22 de outubro Evandro Roman deixou de lado seu discurso moderado e fez uma crítica enérgica à decisão do Ministério da Educação, que pediu o apoio da bancada federal paranaense para criar mais duas reitorias do IFPR (Instituto Federal do Paraná), mas, por ingerência de políticos da região Norte do Estado,  previu uma para Londrina e outra para Maringá, relagando as regiões Oeste e Sudoeste a segundo plano.

“O senhor sempre clamou por justiça como advogado e pastor. Então, não nos subestime, pois isso não é correto e não é justo”, disparou da tribuna da Câmara na ocasião o deputado cascavelense dirigindo-se diretamente ao ministro Milton Ribeiro, atitude que poucos dias depois recebeu o apoio público de entidades e órgãos públicos de Cascavel e região, como Caciopar e Programa Oeste em Desenvolvimento.

O resultado disso veio nesta sexta-feira (12), quando chegou de Brasília a Nota Técnica nº 11/2021 comunicando que o IFPR passará a ter uma reitoria também em Cascavel, que dividirá a condução das ações no Estado com a já existente em Curitiba e as que serão instaladas em Maringá e Londrina. Essa proposta faz parte de um projeto do próprio MEC de buscar um melhor arranjo geográfico para o funcionamento do Instituto Federal e culminará com a criação também de outras cinco reitorias pelo País: no Rio de Janeiro, São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), Rio Verde (GO) e Patos (PA).

ABRANGÊNCIA AMPLA

Com a mudança, o IFPR de Cascavel passará a se chamar IFI (Instituto Federal Iguaçu) e sua reitoria, com previsão de instalação para março ou abril do próximo ano segundo o MEC informou a Roman, passará coordenar também as unidades já existentes nas cidades de Assis Chateaubriand, Foz do Iguaçu, Barracão, Capanema, Coronel Vivida, Quedas do Iguaçu e Palmas.

De acordo com o professor Luiz Carlos Eckstein, atual diretor da unidade de Cascavel, esse novo estatus deverá gerar a abertura de aproximadamente 180 novos cargos, todos a serem preenchidos com base em critérios técnicos e não políticos. (Foto: Reprodução)