Bolsonaro indica cunhada de Beto Richa a ministra do TST
Morgana de Almeida Rocha, que é natural da cidade paranaense de Toledo, casada com o ex-secretário estadual Pepe Richa e, portanto, cunhada do ex-governador Beto Richa, foi indicada pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar uma vaga de ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
A confirmação, no entanto, dependerá do Senado Federal, onde ela deverá passar por uma sabatina da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois ser aprovada por votação em plenário. Isso ocorrendo, irá ocupar a cadeira do ministro Walmir Oliveira da Costa, falecido em abril deste ano, aos 63 anos, por complicações decorrentes da Covid-19.
O nome de Morgana, que é desebargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região, com sede no Paraná, foi apresentado ao presidente da República em uma lista trípolice que incluía também os desembargadores Sérgio Pinto Martins, de São Paulo, e Paulo Régis Machado Botelho, do Ceará.
CARREIRA
Morgana de Almeida Richa formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1990) e assumiu o cargo de juíza substituta do TRT da 9ª Região em julho de 1992. Dois anos depois, foi promovida à titularidade de Vara do Trabalho, exercida sucessivamente em Cianorte, Telêmaco Borba, Assis Chateaubriand e na 15ª VT de Curitiba, posição que ocupou até sua promoção a desembargadora do Tribunal, em novembro de 2019.
Presidente da Amatra IX por duas gestões consecutivas (2002/2004 e 2004/2006), ela se destacou no movimento associativo nacional pela condição de interlocutora junto a outros setores da sociedade. Ocupou os cargos de diretora de Esportes e Lazer da Anamatra (2003-2005) e de vice-presidente para Assuntos Culturais da AMB (2004-2007). Foi também a primeira diretora administrativa da JUSPREV - entidade associativa de previdência complementar do Ministério Público e da Justiça brasileira, criada em 2008.
Em 2009, tomou posse no Conselho Nacional de Justiça e teve sua atuação marcada pelo desenvolvimento de projetos voltados à defesa da cidadania e pacificação de conflitos, presidindo a Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania. Foi coordenadora do movimento nacional pela conciliação e pela consolidação, nos tribunais, da Resolução 125. Desenvolveu, ainda, trabalhos diversos voltados para dar uma maior celeridade ao Judiciário e à defesa dos direitos humanos.
Também é doutora e mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 2008, foi laureada pelo TST com a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho. Coordenou o comitê gestor nacional do Programa Trabalho Seguro (2014-2015) e, recentemente, esteve à frente do cargo de coordenadora da Escola Judicial do TRT-PR (2017-2019).