Uma das marcas registradas da era PT, o programa Bolsa Família dá seu último suspiro nesta sexta-feira (29), quando 1 milhão de brasileiros estarão sacando o benefício a que têm direito. Depois de 18 anos e 14,84 milhões de beneficiários em sua reta final, ele deixa de existir para dar lugar ao Auxílio Brasil, que deverá começar a ser pago em novembro e ter um adicional de apenas 20% na primeira parcela, pois o valor de R$ 400 valerá apenas a partir de dezembro, conforme o novo entendimento do governo.

Criado em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir da unificação de vários benefícios já pagos por governos anteriores e com um incremento maior de recursos, o Bolsa Família começou pagando R$ 50 para cada família em extrema pobreza, com um acréscimo de até R$ 45 dependendo da composição familiar.

O valor cresceu consideravelmente de lá para cá, mas nos últimos anos sofreu forte defasagem. O último reajuste foi ainda em 2017, com a inflação corroendo algo como 32% do poder de compra desde então de acordo com cálculos da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Mas o início do pagamento de seu sucedâneo, o Auxílio Brasil, ainda está na dependência da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto enviado pelo Palácio do Planalto e que transfere R$ 9,3 bilhões do orçamento, ou então da edição de uma nova Medida Provisória. Ele foi criado por meio da MP 1.061/21, que pode ser acessada clicando aqui. (Foto: AGBR)