Carestia de recursos diminui pesquisas eleitorais em 37%
A pré-campanha eleitoral este ano está sendo feita com menos dados disponíveis sobre a intenção de voto do eleitor. Os registros de pesquisas públicas relacionadas à eleição presidencial no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tiveram queda de 37% em relação a 2014, de acordo com o jornal Estadão. De 1º de janeiro a 26 de junho de 2018 foram registradas 88 pesquisas em âmbito nacional sobre a eleição presidencial, contra 139 em igual período de quatro anos atrás.
O número não inclui pesquisas realizadas apenas para uso interno, embora alguns dos levantamentos registrados no TSE tenham sido feitos a pedido de partidos políticos. A queda no número de pesquisas contratadas neste ano é atribuída a dois fatores: a mudança no financiamento eleitoral - que agora proíbe contribuição de empresas - e o momento econômico do País.
A pré-campanha do senador paranaense Alvaro Dias, por exemplo, até agora não realizou consultas públicas. "Estamos apenas acompanhando as pesquisas dos institutos. Também contamos com updates [atualizações] dos candidatos nos estados", disse a assessoria de imprensa do pré-candidato. A redução ocorre também em relação às pesquisas para consumo interno - que não são divulgadas em meios de comunicação. Há candidato que não fez nenhuma até o momento.
ESTADOS
As pesquisas realizadas em âmbito estadual - para eleições de governadores, senadores, deputados - também tiveram uma queda. Em 2014, haviam sido realizadas 278 pesquisas em todos os estados. No mesmo período de 2018, foram 173, com redução de 37,8%. (Foto: Arquivo)