“De cabeça de juiz, barriga de mulher grávida e bumbum de neném ninguém sabe o que sai”, diz um antigo ditado popular muito apropriado para o que se passa historicamente na Justiça e na política brasileiras, onde o óbvio nem sempre é algo iminente, por isso não há como se ter certeza do que irá acontecer logo ali na frente.

Apesar disso, no entanto, os bastidores políticos do Paraná estão fervilhando como nunca desde a última terça-feira (19), quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou os diplomas do deputado estadual Subtenente Everton e do suplente de deputado federal Antônio Carlos da Silva Figueiredo e deixou encaminhada a cassação do diploma também do deputado estadual Delegado Francischini, bem como determinou a retotalização dos votos do pleito de 2018.

Nos dois primeiros casos nada mudará, asseguram os matemáticos de plantão, até porque Everton e Antônio Carlos fizeram votações muito baixas. Mas se Francischini for punido, o que parece inevitável (parece, reitere-se) já que o placar está em 3 votos a 0 a favor da cassação, quatro cadeiras na Alep mudarão de titulares, e duas delas passarão a ser ocupadas por representantes da região Oeste.

Neste caso, voltarão a ser deputados titulares os suplentes Adelino Ribeiro (foto), de Cascavel, e Nereu Moura, de Catanduvas, bem como Pedro Paulo Bazana, de Arapongas. A quarta vaga ficaria com Hussein Bakri, de União da Vitória atual líder do governo na Assembleia, já que Mara Lima foi evetivada com a morte do deputado Rubens Recalcatti. Mas há quem fale que esta última vaga não ficaria com Bakri e sim com Elio Rusch, de Marechal Cândido Rondon

Adelino obteve 37.835 votos, Nereu 35.479, Bakri 32.679, Rusch 32.001 e Bazana 21.145 no pleito de 2018 e ficaram todos suplentes, apesar de terem se saído melhor que vários eleitos. Isso ocorreu porque o resultado de Francischini nas urnas foi absolutamente "fora da curva”, chegando a nada menos que 427.749 votos, 5.899 deles obtidos em Cascavel. (Foto: Facebook)