Mais de 50% dos municípios com VBP bilionário do PR são do Oeste
Segundo mais importante da economia paranaense, atrás apenas da indústria, o agronegócio segue fazendo do Oeste cada vez mais rico. Prova disso é que dos 14 municípios cujo VBP (Valor Bruto da Produção) superou a casa de R$ 1 bilhão em 2020, nada menos que oito são desta região, polarizada por Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu.
Fruto de um detalhado estudo da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento), o VBP mostrou que o campo paranaense rendeu pouco mais de R$ 128 bilhões no ano passado, com crescimento real de 21% em relação a 2019.
A pecuária uma vez mais foi o setor que mais contribuiu para esse resultado, com um VBP de R$ 63,65 bilhões e aumento real de 21%. Já a agricultura rendeu R$ 54,33 bilhões e teve um crescimento real ainda maior, de 31%.
Maior parte do montante apurado (R$ 30,03 bilhões) foi gerada justamente pelo conjunto dos municípios do Oeste, que apresentou um crescimento real de 22% no ano passado. O Norte é o segundo colocado, mas com um valor consideravelmente menor: R$ 17,99 bilhões.
O RANKING
Apareceram pela primeira vez na lista dos municípios paranaenses com VBP bilionário Tibagi (R$ 1,26 bilhão), Carambeí (R$ 1,17 bilhão), São Miguel do Iguaçu (R$ 1,16 bilhão), Nova Aurora (R$ 1,08 bilhão) e Piraí do Sul (R$ 1,02 bilhão).
Eles se juntam a Toledo (R$ 3,48 bilhões), Cascavel (R$ 2,27 bilhões), Castro (R$ 2,26 bilhões), Guarapuava (R$ 1,60 bilhão), Marechal Cândido Rondon (R$ 1,47 bilhão), Santa Helena (R$ 1,35 bilhão), Assis Chateaubriand (R$ 1,34 bilhão), Dois Vizinhos (R$ 1,34 bilhão) e Palotina (R$ 1,32 bilhão), que já integravam esse seleto grupo.
O crescimento mais expressivo tanto em variação nominal (57%) quanto real (46%) foi o de São Miguel do Iguaçu, que saiu de R$ 741,7 milhões em 2019 para R$ 1,16 bilhão em 2020.
HORIZONTE PROMISSOR
De acordo com o chefe do Deral (Departamento de Economia Rural), Salatiel Turra, o VBP mostra todas as potencialidades do agronegócio paranaense. "É possível perceber, dada a evolução dos últimos anos, que a produção e a produtividade estão aumentando graças aos pacotes tecnológicos, graças à assistência técnica cada vez mais especializada e graças à atenção para com a atividade do produtor rural de uma forma bastante atenta”, afirma.
“No ano passado e ainda agora convivemos com condições climáticas não tão favoráveis, que se aliam às restrições provocadas pela pandemia, mas, mesmo assim, temos uma prova de que os agricultores e pecuaristas paranaenses não pararam e, mais uma vez, a produção, de forma geral, foi bastante razoável. De outro lado, os preços tiveram evolução expressiva, proporcionando renda para os produtores e enriquecimento para os municípios”, acrescenta o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. (Foto: Reprodução)