Paraná abastece o Brasil todo com vacina antirrábica
Você sabia que hoje é o Dia Mundial Contra a Raiva, criado para promover a conscientização sobre a prevenção da doença? Pois saiba, também, que é Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) é referência no combate à doença com sua produção de vacina antirrábica patenteada, e que acaba de obter credenciamento para ensaios sorológicos contra essa doença também nos EUA e na União Europeia.
Único laboratório público brasileiro a produzir a vacina antirrábica veterinária, o Tecpar fornecerá até o final deste ano 19 milhões de doses ao Ministério da Saúde, com o propósito de realizar campanhas de vacinação de cães e gatos em todo o País. O processo produtivo da vacina, em cultivo celular, tem patente concedida pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Em outra frente, o Tecpar modernizou laboratórios para realizar exames sorológicos antirrábicos em animais. Com a nova estrutura, se tornou o único laboratório do Sul do Brasil credenciado pelos Estados Unidos e pela União Europeia para realizar o exame que comprova que a vacina antirrábica veterinária aplicada no animal gerou resposta imunológica.
Viajantes que têm como destino países da União Europeia, Reino Unido ou Estados Unidos e que pretendem levar seus animais de companhia (como cães e gatos, por exemplo) precisam comprovar que a vacina antirrábica veterinária aplicada no animal já surtiu efeito e gerou resposta imunológica. O teste é uma exigência legal para que os animais possam embarcar para estes países.
A metodologia de produção da vacina antirrábica veterinária do Tecpar utiliza células BHK-21 (Baby Hamster Kidney) e vírus PV (Pasteur Virus) em método de perfusão.
O Tecpar desenvolveu o processo produtivo de vacina antirrábica que utiliza o método de perfusão para a cultura de células e produção de vírus rábico. A forma atende as exigências regulatórias e de mercado e tem como diferencial competitivo a possibilidade produzir com alta densidade celular e com alto rendimento.
CONTROLE
O 28 de setembro foi escolhido pela Aliança Global para o Controle da Raiva com o objetivo de lembrar a importância de controlar e prevenir contra o vírus causador da doença. No Paraná, a Adapar alerta sobre a necessidade da vacinação - a única forma de prevenção - e de notificar os casos suspeitos. A falta de notificação coloca em risco a saúde dos rebanhos da região, podendo expor o próprio ser humano à enfermidade.
“Assim que o proprietário identificar qualquer sinal em herbívoros deve notificar a Adapar. A comunicação também deve ocorrer se observar a presença de animais com mordeduras por morcegos hematófagos ou se houver abrigos desses morcegos”, alertou a coordenadora do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros da Adapar, Elzira Jorge Pierre.
Outra obrigação do proprietário é fazer uso da pasta vampiricida ao redor das feridas provocadas pelas mordeduras dos morcegos hematófagos nos herbívoros domésticos. Como os morcegos são animais silvestres protegidos pela legislação ambiental, esta é uma maneira permitida para o controle indireto da população dessa espécie. Nunca se deve tocar diretamente um morcego. Aqueles que forem encontrados mortos ou caídos devem ser encaminhados à Adapar para o diagnóstico laboratorial. (Foto: Tecpar)