Alckmin defende em Cascavel um plano que dê segurança ao campo
Uma pergunta do repórter João Carlos Del Rios, da Catve, foi o que bastou para que o presidenciável Geraldo Alckmin apresentasse as principais linhas do Plano de Desenvolvimento para a Agropecuária Brasileira que veio apresentar nesta quinta-feira, na Amop, durante encontro com líderes políticos e representantes do agronegócio de toda a região.
"O primeiro ponto é crédito e seguro. O setor precisa de previsibilidade e confiança. Você não pode a cada ano discutir o seguro rural e o crédito bancário para safra. Temos que ter um programa plurianual", defendeu o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, ressaltando que as diretrizes de seu plano foram definidas com a participação do economista José Roberto Mendonça de Barros, que veio com ele a Cascavel.
"A segunda questão importante, que impacta diretamente o custo Brasil, é a logística. A greve dos caminhoneiros mostrou bem que precisamos criar novos modais de transporte e integrar esses modais", continuou Alckmin, que amanhã irá a Dourados (MS) para se inteirar melhor do projeto de construção de uma ferrovia de lá até Paranaguá, o que, para ele, é "imprescindível".
Neste sentido, defendeu como prioridade a construção de uma nova linha férrea de Guarapuava a Paranaguá, "pois do jeito que está hoje não tem condições". Mais investimentos no Porto de Paranaguá, aeroportos e hidrovias também estão entre as prioridades.
OUTRAS MEDIDAS
Alckmin pontuou outras linhas de seu plano para o setor rural, a começar pela defesa sanitária. "É muito justo o pleito da região de pedir a condição de área livre da aftosa sem vacinação. Sou filho de veterinário e sei o quanto isso é importante", afirmou, acrescentando que, uma vez eleito presidente, irá focar muito a questão do comércio exterior. "O mundo está vivendo hoje um grande protecionismo. Precisamos saber jogar o jogo do século 21. Precisamos fazer uma defesa de mercados para o Brasil", disse.
SEGURANÇA
Para Alckmin, o desenvolvimento do agronegócio está diretamente relacionado também à segurança pública, por isso anunciou que irá criar uma Agência Nacional de Inteligência. "Vamos integrar Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas e as polícias dos estados para combater o tráfico de drogas e armas, o contrabando e descaminho. Também vamos usar a Guarda Nacional para combater fortemente o crime organizado. E vamos fazer isso com muita diplomacia, conversando com os países vizinhos, porque o crime não tem fronteira.", concluiu. (Foto: Alerta Paraná)