O Oeste do Paraná e a produção e exportação de carne de frango
Dilceu Sperafico
O Paraná e especialmente o Oeste do Estado prosseguem se destacando na expansão e evolução do agronegócio nacional, o principal responsável pelo crescimento das exportações e superávits na balança comercial, com benefícios para todos os segmentos econômicos e sociais, urbanos e rurais do País.
Exemplo disso está nas exportações de carne de frango, que cresceram 45,8% em junho último, na comparação com o mês anterior, em setor que tem em Toledo e região um dos maiores centros produtores do Brasil, com o abate diário de milhões de aves, graças aos enormes plantéis e grandes abatedouros do Oeste do Estado.
Somente em Toledo o plantel soma 7,5 milhões de frangos e o abate atinge cerca de 300 mil aves por dia, com destinação de carne e derivados para todo o mercado consumidor nacional e mais de uma centena de países importadores. A produção diária de carnes é de cerca de 700 toneladas e as exportações de quase cinco mil toneladas mensais.
Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) as exportações nacionais de carne de frango, incluindo produtos in natura e processados, somaram 397,4 mil toneladas em junho de 2021. Esse volume é 16,2% superior aos embarques do mesmo mês de 2020, quando foram exportadas 341,9 mil toneladas.
Para o bem de produtores e abatedouros de frangos e da economia nacional, o saldo das vendas internacionais do setor atingiu 650,6 milhões de dólares em junho último, desempenho 45,7% melhor em relação ao faturamento do mesmo mês de 2020, que foi de 446,5 milhões de dólares.
No primeiro semestre de 2021, as exportações de carne de frango somaram 2,244 milhões de toneladas, volume 6,53% superior ao do registrado nos seis primeiros meses de 2020, quando foram comercializadas 2,106 milhões de toneladas.
Com esse desempenho, a receita do setor alcançou 3,476 bilhões de dólares, atingindo resultado 10,6% superior ao do primeiro semestre de 2020, quando as exportações somaram 3,144 bilhões de dólares.
Para satisfação e avanço da avicultura do Paraná, em junho último o Estado foi o maior exportador do País, comercializando 143,2 mil toneladas ou 4,82% a mais do que no mesmo mês de 2020. Na prática, uma em cada três aves abatidas no Brasil para a exportação em 2020 saiu de criadouros e abatedouros do Paraná.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), graças à expansão e modernização do modelo industrial do Estado, o Paraná conquistou a liderança nacional na produção e exportação de carne de frango. A produção total do Estado em 2020 chegou a 4,49 milhões de toneladas, o equivalente a 33,4% das 13,7 milhões de toneladas produzidas no País no mesmo período.
O Paraná apresentou expansão de 3,9% na produção de carne de frango em 2020 com relação ao ano anterior, conforme o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), com abate de 1,95 bilhão de aves no ano passado ou 4,5% a mais que em 2019, quando o abate chegou a 1,87 bilhão de frangos.
Para o nosso justificado orgulho, muitos dos frangos exportados pelo Brasil, foram criados e abatidos em Toledo, que lidera o setor no Oeste do Estado, com o maior plantel do Paraná. Toledo é considerada a capital do agronegócio do Estado e do Sul do País, considerando a criação, abate e exportação de carne de suínos e aves, além da produção de grãos.
Dilceu Sperafico é ex-deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná- dilceu.joao@uol.com.br