Os avanços da TI no País e no Oeste do Paraná
Dilceu Sperafico
Aos jovens de Toledo, Oeste do Paraná e do País, que ainda avaliam qual curso superior ou técnico gostariam de frequentar e qual a profissão é mais adequada aos seus talentos e expectativas, a sugestão é que busquem informações sobre as possibilidades e vantagens da formação em tecnologia, pois está transformando atividades e perspectivas humanas.
De acordo com especialistas, somente no País o setor de TI (Tecnologia da Informação) vai gerar mais de dois milhões de novos empregos na iniciativa privada e poder público, nas cidades e no agronegócio, nos próximos 10 anos, dos quais 780 mil novas vagas em 12 profissões emergentes. Em 2021 serão abertas 70 mil novas colocações.
Em Toledo ou mais precisamente no Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark), haveria cerca de 200 vagas de TI em empresas integradas ao empreendimento e para atender a demanda, está sendo oferecido curso técnico, com bolsa de estudo, através do Programa Biopark Connect, aos jovens interessados, da cidade e região.
No País, entre as novas atividades do setor de TI, que representa a base do processo de digitalização de todos os segmentos, estão as profissões de programador/coder, cientista de dados, analista de cibersegurança, gestor de mídias sociais, engenheiro de software, especialista de blockchain, programador de jogos digitais, especialista em cloud, especialista em inteligência artificial, programador multimídia, desenvolvedor de sistemas e engenheiro de banco de dados.
Os dados da situação nacional são do estudo"Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e Desafios na Qualificação Profissional para a Recuperação Verde”, elaborado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional, em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Núcleo de Engenharia Organizacional, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O levantamento identificou tendências e 12 profissões emergentes no curto, médio e longo prazos na área de software e TI, citadas anteriormente. Dessa forma, destacou as vantagens no aspecto social e econômico da formação profissional no setor, especialmente para jovens e estudantes, pois propicia rápida inserção no mercado de trabalho, com cursos de curta duração e online, mais acessíveis.
Conforme o estudo, a formação para a função de programador, por exemplo, acontece em apenas seis meses em média, transformando pessoa com somente ensino médio básico, com renda de um salário mínimo mensal, em novo profissional qualificado, com rendimentos iniciais de 2,5 mil a quatro mil reais por mês.
Entre as três profissões do setor com maior destaque ou demanda estão as de programador, cientista de dados e analista de cibersegurança, este com maior projeção de profissionais formados para preencher as vagas do mercado de trabalho.
Por isso, nos próximos 10 anos, o Brasil deve formar cerca de 15,2 mil profissionais de segurança cibernética, enquanto a demanda da área poderá atingir 83 mil funcionários, o que representará lacuna de 81,7% no setor.
De acordo com o estudo, o mercado de trabalho de TI também deverá crescer por questões ambientais, já que a digitalização das atividades econômicas pode reduzir a produção de poluentes e a emissão de gases de efeito estufa, pois serão formados profissionais capacitados para ocupar cargos de especialistas em cloud ou engenheiros de software.
Dilceu Sperafico é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado - dilceu.joao@uol.com.br