Carne de ovelha é a única que mantém preços estáveis
Os preços de carne de ovelha no mercado varejista paranaense não acompanharam a tendência de alta de outras espécies, e alguns cortes tiveram até redução no primeiro semestre deste ano. Essa análise é um dos assuntos do boletim agropecuário da semana de 9 a 15 de julho, preparado pelos técnicos do Deral. Enquanto a costela de ovelha recuou 2,2% e o pernil 0,9%, a carne de boi apresentou acréscimo entre 7,6% (alcatra) e 21,6% (peito) entre janeiro e junho.
As cotações dos animais vivos para reprodução também não acompanharam a tendência de outras espécies, o que pode ser explicado por diferentes razões. Uma delas é o comércio informal, com as compras realizadas diretamente nas propriedades. Também contribui para isso a importação de grandes volumes, especialmente do Uruguai, o que ocasiona concorrência desleal com o produto interno e de qualidade superior.
Mas, de acordo com a análise do Deral, também há pouca organização entre os elos da cadeia de produção ovina nacional, acompanhada da falta de valorização do animal para o produtor. Ainda pode ser colocado como um entrave para melhoria dos preços o emprego reduzido de tecnologias de produção e gestão nas propriedades.
PEIXES E AVES
O documento diz que as exportações de carne de peixe, por parte do Paraná, ainda que os volumes tenham sido pequenos neste primeiro semestre, representaram alta de 201% em relação ao mesmo período de 2020. De 249 toneladas elevou-se para 751 toneladas. A carne de tilápia é a mais ofertada internacionalmente.
Em relação à avicultura, o boletim registra os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal de que foram exportadas 397,4 mil toneladas de carne de frango em junho, volume 16,2% superior ao mesmo mês do ano passado. O Paraná, principal produtor e exportador nacional, embarcou 143,2 mil toneladas.
Confira todos os números do levantamento clicando no link Boletim de Conjuntura Agropecuária. (Foto: Jaelson Lucas/AENPR)