Projeto de Marcio Pacheco é transformado em lei estadual
O governador Ratinho Junior sancionou a Lei 20.628, originária de um projeto do deputado estadual cascavelense Marcio Pacheco aprovado no mês passado pela Assembleia Legislativa do Paraná que obriga hospitais e maternidades do Estado a notificarem os casos de deformidades labiopalatais às entidades de referência em um prazo máximo de 15 dias, a contar da data do nascimento.
A lei tem como objetivo a orientação precoce dos pais em relação aos tratamentos oferecidos para a correta solução da deformidade e, desta maneira, a viabilização do desenvolvimento da criança.
“O Paraná é preocupado com a saúde de suas crianças e sai na frente com a aprovação dessa lei tão importante para o amparo das famílias quando recebem esse diagnóstico. O tratamento iniciado precocemente permitirá uma infância e uma juventude mais saudáveis, longe das rotinas de consultas e do bullying. Isso permitirá uma vida adulta completamente normal a esses paranaenses”, comemora Pacheco.
A fissura labiopalatina, conhecida popularmente como lábio leporino, é uma anomalia facial muito frequente. Segundo a Associação Brasileira de Fissuras Labiopalatinas, a deformidade ocorre em cerca de um em cada 650 nascimentos em todo o monto. Os portadores apresentam problemas estéticos e distúrbios funcionais que atrapalham a alimentação e a fala.
Especialistas indicam que a primeira cirurgia seja realizada entre 3 e 6 meses de vida e a de palato, entre 12 e 18 meses, conforme as condições clínicas da criança."O tratamento precoce é fundamental para a correta solução e para o desenvolvimento infantil”, detalha Marcelo Barroso da Silva, presidente da Apofilab (Associação de Portadores de Fissura Labiopalatal de Cascavel) e pai de uma menina que nasceu com a deformidade.
“Os pais apresentam uma angústia muito grande quando ficam sabendo da deformidade apresentada por seus filhos. O impacto familiar é gigante. A lei proporciona o empoderamento da família em relação á situação, propicia o acolhimento, a correta orientação sobre a amamentação e alimentação, e como se dará o tratamento”, ressalta Rita Tonocchi, fonoaudióloga e coordenadora técnica da Afissur (Associação de Reabilitação e Promoção Social ao Fissurado Labiopalatal), localizada em Curitiba. (Foto: Divulgação)