O descaso com que o governo federal tem tratado a duplicação dos 38,9 quilômetros da BR-163 entre Toledo e Marechal Cândido Rondon segue produzindo verdadeiros banhos de sangue. Prova disso é que nas últimas pouco mais de 24 horas nada menos que seis pessoas perderam a vida vítimas de acidentes nesse trecho.

A primeira vítima fatal foi Luiz Antônio Hesper, servidor da Universidade Estadual do Oeste que perdeu a vida na madrugada de ontem ao colidir seu Renault Senic com um bitrem de Santa Catarina. As irregularidades na pista teriam sido a causa do acidente.

E na madrugada de hoje uma tragédia ainda maior aconteceu no mesmo trecho, desta feita com nada menos que cinco vítimas fatais - um homem, duas mulheres e duas crianças. Todas estavam em um Siena de Blumenau (SC) que bateu de frente com uma caminhonete Ranger. Outras duas pessoas tiveram de ser internadas por conta dos ferimentos.

Morreram Eli Miguel de Lima, de 52 anos, que era de Blumenau, a irmã Seloir de Lima Pinto, 41, a sobrinha Carla Dinarti de Oliveira, 30, e os dois filhos desta, de 11 anos e 10 meses, que moravam em Colombo, no Paraná. Todos tinham vindo ao Oeste paranaense para o velório de um familiar que cometeu suicídio.

A duplicação do trecho Toledo-Marechal Cândido Rondon começou ainda em 2014, mas, como a maioria das obras federais, virou uma espécie de novela. Por falta de recursos, ficou paralisada um bom tempo e só foi retomada em fevereiro deste ano.

CAPITÃO

O mesmo ocorre em outro trecho de duplicação da BR-163, entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, também retardada por falta dos recursos prometidos e não liberados pelo governo federal. No momento as obras estão em andamento e nesta terça-feira haverá uma nova interdição para detonação de rochas. O tráfego de veículos ficará suspenso das 11 às 16h entre Santa Lúcia e Capitão. (Foto:Catve)