Depressão: o que é? Que ajuda devo buscar?
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
Todos se sentem “pra baixo" ou de alto astral de vez em quando. Tristeza e alegria são sentimentos experimentados por todas as pessoas. Mas, quando o individuo passa a sentir tristeza diariamente, deve prestar atenção nessa emoção porque pode ser o inicio de uma doença chamada depressão, que altera seu estado de humor e o deixa com uma anormal e intensa tristeza predominante.
A depressão pode se desencadear em crianças, adolescentes, adultos ou idosos, e costuma surgir com frequência maior nas mulheres do que nos homens.
As causas podem ser tanto de ordem interna, como fatores genéticos e neuroquímicos, quanto externa, como crises e separações conjugais, morte na família, estresse muito elevado e perda financeira, dentre outras.
Os sintomas centrais da doença são a perda de energia e do interesse por coisas que antes causavam entusiasmo e prazer. A pessoa passa a ficar triste, tende ao isolamento, tem dificuldades de concentração em tarefas cotidianas, sofre alteração do apetite para mais ou para menos, sente sono exagerado ou passa a ter insônia. Outras reações que podem vir associadas aos sintomas centrais são: pessimismo, dificuldade de tomar decisões e de iniciar tarefas, irritação ou impaciência, achar que não vale a pena viver, chorar à toa ou ter dificuldade para chorar, sensação de que nunca vai melhorar, pena de si mesmo, persistência de pensamentos negativos, baixa autoestima, sensação de fracasso, enjoo e dores em geral. Isso tudo causa na pessoa um sofrimento muito intenso.
A depressão é uma doença como qualquer outra e exige tratamento médico e psicológico. O médico vai tratar os sintomas emocionais através de prescrições medicamentosas. Já o psicólogo vai tratar as causas que desencadearam os sintomas através da psicoterapia.
É normal que o depressivo sinta certa dificuldade para procurar ajuda profissional, ou até mesmo comunicar seus parentes e amigos sobre o que está se passando com ele. Mas é importante salientar que, mesmo diante da dificuldade de enfrentamento da situação, ele deve procurar ajuda o mais rápido possível para que o problema não se agrave e acabe gerando sofrimento ainda maior para si e para os que o cercam. (Foto: Pixabay)
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é especialista em Psicologia Familiar Sistêmica e perita Avaliadora de Trânsito - CRP-08/13639 - Contato 45 999128788