Plantar trigo traz renda direta e até melhora resultados na soja
As razões que mostram que plantar trigo é um bom negócio são o tema de novo episódio da versão digital do Show Rural Coopavel, que pode ser assistido nos canais digitais do evento - www.showrural.com.br e youtube.com/showruralagro . O pesquisador da Embrapa Salvador Foloni e o consultor comercial do Banco do Brasil Seguros, Marcos Vinicius dos Santos, compartilham informações preciosas que, além de incentivar, trazem ainda mais segurança aos produtores rurais que decidirem investir na triticultura.
Há inúmeros benefícios em cultivar trigo, principalmente àqueles que optam em deixar sua área de terra em pousio - sem o cultivo de nenhuma cultura. Foloni explica que o trigo gera renda direta ao produtor e contribui com ganhos a culturas subsequentes. “Cultivar trigo contribui para amortizar custos fixos da lavoura, da terra, do maquinário, da equipe e também das benfeitorias". O pesquisador cita ainda redução de despesas na cultura da soja, manejo de plantas daninhas e aumento de produtividade.
Estudos apontam para ganhos de produtividade de 10% a 15% na soja subsequente quando é instalada sobre a palhada do trigo. Foloni destaca como benefícios também aumento da sustentabilidade agronômica dos sistemas de produção, combate à erosão, melhoria da palhada e da ciclagem de nutrientes, e avanços no manejo de doenças e de parasitas de solo. “Com novas variedades altamente tecnológicas, as produtividades surpreendem, trazendo bom retorno financeiro aos produtores rurais”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
SEGURO
O Banco do Brasil Seguros e a Coopavel encontraram uma forma de tornar o cultivo do trigo ainda mais atraente na área de cobertura da cooperativa. Trata-se de um projeto-piloto de cobertura de perda de qualidade no trigo. Quem fala a respeito no capítulo do Show Rural Digital que está no ar é o consultor comercial do BB Seguros Marcos Vinicius dos Santos. “Geada e granizo respondem por 25% das perdas, mas o maior índice de sinistralidade são tromba d´água e chuva excessiva, que respondem por 54% do total”, garante Marcos.
O consultor diz que as tecnologias disponíveis atualmente favorecem o agricultor no que se refere à segurança no plantio, evitando que ele opte por deixar a terra sem nenhuma cultura. A cobertura de perda de qualidade é específica a cooperados da Coopavel. Há algumas regras que precisam ser seguidas, como o uso de sementes certificadas e observação de zoneamento orientado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Marcos destaca que o Mapa dá incentivo ao trigo, entrando com 40% de subvenção, valor esse que pode ser deduzido do seguro. “O produtor rural precisa pensar no seguro como investimento e não custo”, diz o consultor comercial do Banco do Brasil. O Show Rural em sua versão digital pode ser acompanhado por agricultores e técnicos de qualquer lugar e a qualquer hora, aponta o coordenador geral do evento, o agrônomo Rogério Rizzardi. (Foto: Divulgação)