O que Cascavel espera da Sanepar? Melhores serviços e menores preços
Em resumo, manifestar a insatisfação dos cascavelenses com os serviços prestados pela Sanepar e cobrar da empresa melhor atendimento e preço menor foram as estratégias que marcaram a atuação dos vereadores na audiência pública para debater os problemas no abastecimento de água da cidade realizada nesta quarta-feira (5), na Câmara, por iniciativa de Celso Dal Molin e Romulo Quintino.
A Sanepar foi representada pelo presidente Cláudio Stabile, que é cascavelense; pela diretora-geral da empresa em Cascavel, Rita Camana; pelo diretor de Operações, Fernando Guedes, e pela diretora de Investimentos, Leura Lucia Conti de Oliveira. Também participaram o deputado estadual Coronel Lee e os vereadores Josias de Souza, Beth Leal, Soldado Jeferson, Professor Santello, Sadi Kisiel, Edson Souza, Vilmar Mello, Cidão da Telepar, Lauri Silva, Policial Madril, Serginho Ribeiro e Pedro Sampaio.
Dal Molin contextualizou o histórico da relação entre o município e a Sanepar, iniciado ainda em 1972. "Portando, já foram 48 anos em que a companhia foi responsável pelas águas em Cascavel e queremos que nestes seis anos que faltam para encerrar o contrato atual sejam pensadas as condições de prestação de serviço, para garantir qualidade e transparência nesta parceria”, defendeu.
Ele também citou problemas já ocorridos que devem ser evitados, como falta de conservação de nascentes, plantio de árvores e assoreamento do Lago, contaminação da água e problemas de saúde causados à população e ainda a falta de um plano concreto para evitar a falta de água durante os períodos de estiagem.
Já Quintino, que é o presidente interino da Câmara, citou três questões principais a serem esclarecidas a partir das reclamações da população: “A revisão dos valores da tarifa mínima de 10 m³ para 5 m³ com o aumento de 8% na tarifa mínima sem aditivo contratual; a questão do ar na tubulação fazendo com que o hidrômetro rode mesmo sem nada gastando dentro da casa e nenhum vazamento e ainda, a constante falta de água sempre justificada com reparos".
Segundo a Sanepar, Cascavel ocupa a 7ª posição em saneamento básico no País, de acordo com o Instituto Trata Brasil, e produz hoje 70.000 m³/dia retirados dos mananciais dos rios São José, Cascavel, Saltinho e Peroba, além de 16 poços artesianos. São 20 reservatórios de distribuição com capacidade para 35,5 milhões de litros de água.
OUTRO LADO
O diretor Sérgio Wippel explicou que "a avaliação da qualidade da água disponível atende a Portaria de Consolidação nº 05/2017 do Ministério da Saúde, com 4.880 análises mensais de tratamento da água e 2.000 análises mensais de controle de qualidade da água distribuída". Ele esclareceu ainda que "a falta de água e interrupções são motivadas por paradas programadas para interligação da rede ou consertos de rompimento das adutoras" e que a respeito das reclamações da população sobre cobranças irregulares motivadas por ar na tubulação,"elas podem acontecer quando há uma intermitência na rede, como por exemplo, durante as interrupções de serviço, e a solução é instalar grandes ventosas nos equipamentos, o que a companhia está fazendo".
A audiência esclareceu dúvidas de todos os vereadores presentes e ainda de representantes da comunidade que acompanharam o debate, incluindo os sucessivos reajustes das tarifas. A ideia é continuar discutindo o melhor modelo de cobrança da tarifa garantindo a qualidade do serviço e investimentos contínuos na rede. (Foto: Flávio Ulsenheimer/CMC)