Paraná vai criar lei para punir quem não se vacinar
O Paraná passará a contar com uma lei para “enquadrar" os moradores do Estado que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19. O primeiro passo neste sentido já foi dado com a apresentação, pelos deputados estaduais Alexandre Curi, Ademar Traiano e Luiz Claudio Romanelli, de um projeto para assegurar a imunização completa da população do Estado.
O texto determina a proibição do acesso de pessoas não vacinadas em creches, escolas, universidades públicas e particulares e em ônibus, trens, aviões, embarcações e outros modais de transporte. Também impõe restrições para a obtenção de documentos públicos, inscrição em concursos públicos e em cargos públicos e demais modalidades relacionadas ao Estado.
“A vacinação é o verdadeiro tratamento preventivo. O poder público precisa incentivar a imunização total da população com a garantia das doses e também cobrar a efetiva aplicação delas”, justifica romanelli. "Vacinar é um pacto coletivo de saúde pública, é a maior arma no combate a diversas doenças, entre elas a Covid-19”, reforça.
FALTAM VACINAS
Uma vez que vire lei, no entanto, essa ideia levará um bom tempo para ser colocada em prática diante da falta de vacinas para garantir a imunização de uma parcela elevada da população. A grande maioria das cidades do Paraná está sem imunizantes disponíveis para aplicação da primeira dose.
Em Cascavel, onde praticamente 54 mil tomaram a primeira dose e 30,5 mil as duas doses, o trabalho teve de ser novamente interrompido ontem, quando eram imunizadas as pessoas com 61 anos ou mais. A segunda dose segue sendo aplicada, mas retomada da aplicação da primeira dose está na dependência da chegada de mais uma remessa por parte do Ministério da Saúde, o que não se sabe ainda quando isso irá acontecer.
Em todo caso, depois de um longo período a cidade passou 24 horas sem o registro de qualquer novo óbito, conforme consta do boletim desta quarta-feira (28) da Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, o número de cascavelenses que tiveram a vida ceifada pela pandemia se manteve em 647.
