Agricultura de baixo carbono é a mais nova aposta brasileira
O Plano ABC+ 2020-2030, que acaba de ser lançado pelo Ministério da Agricultura, é mais uma aposta brasileira para continuar na vanguarda do agronegócio mundial. Com diversas estratégias para a promoção da agricultura de baixa emissão de carbono ao longo da próxima década, ele tem como meta fazer o País avançar na busca de soluções sustentáveis para a produção no campo tem tempos de mudanças climáticas, bem como melhorar a renda do produtor rural.
Entre os conceitos adotados no ABC+, está o da AIP (Abordagem Integrada da Paisagem), que prevê a gestão integrada da propriedade rural. Ele estimula o uso eficiente de áreas com aptidão para produção agropecuária, e a regularização ambiental e preservação estabelecida pelo Código Florestal.
Nas áreas de uso agrícola, o ABC+ tem por objetivo promover a recuperação e a conservação do solo, da água e da biodiversidade, valorizando as especificidades locais e as culturas regionais e, ao mesmo tempo, expandindo a produção agropecuária sustentável.
A segunda base conceitual consiste na combinação de ações de adaptação e mitigação para fortalecer a resiliência da produção e garantir a eficiência produtiva e a rentabilidade em áreas mais impactadas pela mudança do clima.
“Temos o desafio de disseminar as práticas produtivas do ABC+ aos pequenos produtores rurais e agricultores familiares levando sustentabilidade aos quatro cantos do nosso Brasil”, diz a ministra Tereza Cristina.
Segundo ela, alcançar as metas previstas vai trazer crescimento econômico ao setor. "Reiteramos a importância do ABC+ na promoção do crescimento econômico. Afinal, os produtores rurais aderem às práticas de baixa emissão de carbono porque elas trazem eficiência e renda conciliando conservação e produtividade”, acrescenta.
Em julho, será realizada uma consulta pública para que a sociedade civil dê sua contribuição em relação às metas a serem atingidas pelo ABC+ até 2030. O plano é fazer com que as práticas agrícolas com baixa emissão de carbono passem a ser adotadas em 52 milhões de hectares ao longo da próxima década, o equivalente a metade do território da Alemanha.