Novos casos de raiva bovina exigem providência urgente
A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária) confirmou que já subiram para seis, em pouco mais de três semanas, os casos de raiva bovina na microrregião de Cascavel.
O primeiro foi registrado no dia 26 de março, na localidade de Colônia Barreiros. Depois surgiram novos casos no Reassentamento São Francisco, Lago Azul, Colônia Melissa, Centralito, Colônia Esperança e São João do Oeste, todos em Cascavel, e, por fim, um no município de Corbélia.
“Há um único caminho: a vacinação”, recomenda Paulo Vallini, diretor do Sindicato Rural de Cascavel e presidente do Conder (Conselho de Desenvolvimento Rural de Cascavel).
A raiva em animais herbívoros é uma das preocupações constantes dos pecuaristas da região Oeste do Paraná. Os casos acometem os rebanhos de bovinos, equinos e ovinos dos municípios ao entorno do Parque Nacional do Iguaçu e também dos mais afastados.
Transmitida principalmente pela espécie de morcego hematófago (se alimenta de sangue) Desmodus rotundus, a zoonose (que também passa para humanos) precisa ser dada atenção. Vale lembrar que ela é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para humanos.
Os sinais compatíveis com suspeita de raiva nos herbívoros são o isolamento, perda de apetite, salivação abundante, perda de equilíbrio e consequentes quedas, opistótono (estiramento do pescoço), entre outras. É importante destacar que a raiva nos herbívoros é a paralítica e não a raiva furiosa, como nos cães. Quando um médico veterinário identifica animais com sintomatologia de doenças nervosas, ele precisa informar obrigatoriamente a Adapar.
A médica veterinária da Adapar de Cascavel, Luciana Monteiro, destaca que todos os produtores com bovinos, equinos, ovinos e caprinos devem vacinar os animais e fazer o reforço 30 dias depois. Para mais informações, os interessados podem ligar para (45) 2101-4955, 2101-4961, 2101-4968. (Foto: Jaelson Lucas/AENPR)