Homologação da delação de Palocci prenuncia novo "terremoto" político
Como tudo que está ruim pode piorar, um novo abalo no cenário político deve ocorrer na antevéspera das eleições gerais de outubro. É que o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre, homologou nesta sexta-feira os depoimentos de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci para a Polícia Federal.
Os depoimentos seguem em segredo de Justiça, e o conteúdo não foi divulgado, mas trechos já vazados indicam que vem por aí mais um turbilhão de denúncias contra Luiz Inácio Lula da Silva e outros políticos do alto escalão.
Preso desde setembro de 2016, Palocci fechou os termos da delação com delegados responsáveis pelas investigações da Lava Jato após os procuradores do MPF (Ministério Público Federal) rejeitarem o acordo.
O ex-ministro foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da operação.
A decisão foi tomada após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que, nesta semana, validou autorização legal para que delegados das polícias Civil e Federal possam negociar delações premiadas, conforme previsto na Lei de Organizações Criminosas. (Foto: Reuters)